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CORPO INCORRUPTO DE SANTA BERNADETE SOUBIROUS A VIDENTE DE N, SENHORA DE LURDES NA FRANÇA

Corpo de Santa Bernadete Subirous1

Corpo de Santa Bernadete Subirous2
Corpo de Santa Bernadete Subirous3   Corpo de Santa Bernadete Subirous4
A santíssima Mãe de Deus, para conferir  aos  homens mais uma de suas  infinitas graças, e para confundir o que no mundo se julga forte,  escolheu um instrumento, à preferência de  outros, débil, segundo a  divina economia que São Paulo exalta: "Deus escolheu o que é fraco no mundo, para confundir os fortes" (1Cor 1,27). Este instrumento era Bernarda Soubirous, nome hoje caríssimo e celebérrimo no mundo inteiro, mas naquele tempo, quando apenas quinze anos contava, de todos desconhecida.  
                                         Nascida  em Lourdes, região montanhosa dos Pirineus, a 7 de janeiro de  1844, filha de Francisco e Ludovica Casterot, dois dias  depois foi batizada e  recebeu o nome de Maria Bernarda. 
                                         Vivendo pobremente e  por algum tempo empregada  em  tomar conta do gado, crescia sem alguma doutrina humana, mas em suavíssima simplicidade de  costumes e  admirável candura de espírito, querida por Deus e  pela  Santíssima Virgem Mãe.  Maria observou a  humildade de  sua filha e  dignou a inocente menina , entre 11 de fevereiro a  16 de julho de  1858, de 18 aparições e  de  celeste colóquio. Na época, o bispo local,  que inicialmente duvidara  da versão da inculta menina, que afirmava as aparições, pôs ela à prova e pediu para que, na próxima aparição,  perguntasse à ela qual o seu nome. Bernardete, cumprindo o pedido do bispo, esclareceu à Virgem a indagação do bispo, no que Nossa Senhora respondeu: "Eu sou a Imaculada Conceição". Ao retornar, o bispo ouviu estupefato a resposta da menina, já que tratava-se de um dogma recém proclamado, o dogma da "Imaculada Conceição"  firmado há menos de quatro anos por Pio IX (1854) que, pelas dificuldades de comunicação da época, estava restrito ao conhecimento ainda dos setores mais elevados da Igreja.    
                                         Nesta, tão célebre aparição e ilustrada por Deus  por tantos sinais, pode-se notar um tríplice carisma, conferido à piedosa jovem. Chamamo-la antes de tudo: Vidente, porque diante de  numeroso povo,  arrebatada  em êxtase, foi maravilhosamente  deliciada com o bondoso aspecto da Virgem. Chamamo-la de  Mensageira da Virgem ao  mundo, porque por ordem de Maria pregou  penitência e oração ao povo;  mandou aos sacerdotes, que naquele lugar construísse um Santuário; predisse a  todos  a  glória, a santidade e  os futuros benefícios do  mesmo lugar. Por fim vemos nela a  Testemunha  da Verdade, porque a muitos  contradizentes, com o máximo candor de simplicidade, junto com  suprema prudência do  mandamento confiado da  Virgem, com admiração de todos os eclesiásticos e de  juízes seculares.  
                                         Todas estas coisas levadas  ao termo por divino impulso por uma  ignorante e inculta menina, Deus a  leva  longe  para a solidão de um convento, e quase desprezada pelo mundo, preparou-se  para  coisas  mais admiráveis, para que,  pregada na cruz  com Cristo e  com ele  quase sepultada, atingisse profundamente na humildade a  vida interior sobrenatural e, um dia  na luz da santidade ressurgindo ao mundo, com este estábil testemunho da  santidade  unisse nova glória ao  Santuário de  Lourdes. Por  isto, obedecendo ao chamamento de  Deus, em julho de  1867 se  transferiu para Nevers, para iniciar a  vida religiosa na Casa-Mãe das Irmãs da Caridade e  instrução cristã.  Terminado o noviciado no mesmo ano, fez os votos temporais e onze anos depois os perpétuos. Admiravelmente fulguraram nela as virtudes, mas sua alma virgem foi principalmente adornada daquelas  que mais convinha à discípula predileta da Virgem Maria:  Humildade  profunda, terníssima pureza e ardente caridade.  Provou-as  e aumentou-as com as dores de  uma longa enfermidade e  angústias de espírito que a atormentaram suportando-as  com suma  paciência.  Na mesma casa religiosa a  humildíssima  virgem  ficou até a morte, que depois de  recebidos  os  sacramentos  da  Igreja, invocando sua dulcíssima Mãe Maria, descansou santamente a  16 de abril de  1879, no trigésimo sexto ano de  idade,  e  duodécimo de  vida religiosa. 
                                         Tendo ficado até este  ponto como debaixo do alqueire da humildade, com a morte  tornou-se resplandecente  a  todo o mundo.  Debaixo do pontificado de  Pio X, em 1923, foi iniciado o  processo de sua beatificação. A 14 de julho de  1925 o Papa  Pio XI lançou o nome da serva de Deus nos fatos dos bem-aventurados. Em contemplação aos grandes e inegáveis milagres, que Deus se dignou operar por sua serva, a causa foi reassumida em junho de 1926 e levada ao fim em 2 de julho de 1933.